O Governo Federal reabriu, nesta terça-feira (07), a mesa permanente de negociação com os servidores públicos federais. O ato aconteceu no auditório do Ministério de Gestão e Inovação e contou com a presença de diversos ministros de Estado, além de todas as centrais sindicais e diversas outras entidades sindicais.
A anfitriã do evento, ministra Esther Dweck, deixou claro que a partir de agora as entidades representativas terão a oportunidade de manter diálogo permanente com o Governo Federal. O escolhido para a função de receber as demandas das categorias de servidores públicos é Sérgio Mendonça, economista que é secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho da pasta. Mendonça é um velho conhecido dos sindicalistas e líderes classistas, por já ter ocupado o posto de negociador em oportunidades anteriores no Ministério do Planejamento.
Apesar do clima de animação pelo retorno às negociações, Dweck esclareceu que a negociação, neste primeiro, momento está limitada a valores do orçamento aprovado no governo anterior, de R$11,7 bilhões. Apesar disso, os servidores buscam aumentar estes valores, estudando melhor o orçamento federal e achando espaços para melhorias nos valores da recomposição.
A ministra ainda afirmou que dará agilidade à negociação e se comprometeu a reunir com os servidores públicos, antes do carnaval, para discutir um acordo por uma porcentagem de reajuste aos servidores públicos federais do poder executivo o mais rápido o possível.
O SINPRFRJ está em Brasília representado pelo Presidente De Lima e o Delegado Representante Eduardo Cecílio. Os dirigentes sindicais participam da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da FenaPRF que começou ontem (7FEV)) e durará toda semana. A assembleia geral extraordinária conta com a presença de todo sistema sindical dos PRFs e tem como pauta “a valorização da carreira PRF na nova legislatura”.
O presidente da FenaPRF, Dovercino Borges Neto, avaliou como positivo o evento desta terça-feira. “Finalmente vamos voltar a pleitear diretamente com o governo não só questões salariais, mas outras demandas para a melhoria do ambiente de trabalho dos servidores públicos federais. Nós, policiais rodoviários federais, estamos em um momento de reconstrução da nossa imagem, precisamos ter acesso a condições que favoreçam as atividades de polícia cidadã que sempre realizamos de forma exemplar”, disse.
Defasagem salarial
A resistência das entidades de classe aos índices anunciados desde o governo Bolsonaro se dá pelo fato de os servidores não terem reajustes há pelo menos seis anos. A maior parte das categorias acumula uma defasagem salarial de 26%, em outras o índice pode chegar a até 40% de diminuição dos proventos.
O Fórum das Entidades Nacionais dos servidores Públicos Federais (Fonasefe) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Tipicas do Estado (Fonacate), que a FenaPRF integra, defendem que além de um índice maior, o período de pagamento seja realizado em uma única parcela ou em período menor.
“Da forma como está, além de não resolver de uma vez a defasagem salarial, nós perderemos poder de negociação com o Governo para os próximos anos, quando o espaço orçamento poderá estar melhor do que agora”, explica Dovercino Neto, presidente da FenaPRF.
Fonte: FenaPRF com participação do SINPRFRJ