LUCAS MENDES
Carreiras da PF falam em valorização e ecoam promessa de Bolsonaro; ano eleitoral traz restrições a aumentos.
Promessa do presidente Jair Bolsonaro (PL), o reajuste a profissionais das forças de segurança federais segue incerto. O governo reservou R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2022 para reajuste salarial do funcionalismo. A verba foi mantida mesmo com o bloqueio de parte do Orçamento, mas não é suficiente para atender todas as categorias que pedem o aumento.
O recurso não está carimbado –a peça orçamentária não especifica para quais categorias esse valor deve ser direcionado ou como será aplicado. O presidente disse em 11 de fevereiro que o reajuste poderia ficar para o ano que vem, diante da “polêmica” envolvendo as demais categorias do funcionalismo federal. Em 21 de fevereiro, Bolsonaro defendeu “reconhecimento” e “valorização” da carreira dos agentes da PRF, e pediu a “compreensão” dos funcionários de outras áreas.
Carreiras da PF (Polícia Federal) apostam na necessidade de valorização dos profissionais. Ao Poder360, o presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Luciano Soares Leiro, disse acreditar que o presidente “cumprirá seu compromisso firmado publicamente e enviará a medida provisória em tempo hábil para que o Congresso Nacional aprove a reestruturação” da categoria.
“Entendemos que seria muito ruim para um governo que tem a segurança pública como uma das suas bandeiras mais importantes, que as categorias policiais da União não sejam valorizadas”, declarou.
Leiro também afirmou que a corporação continua “fazendo seu trabalho de excelência” no combate à corrupção e ao crime organizado, “mesmo sem as melhores condições para fazê-lo”.