História
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi criada pelo presidente Washington Luiz, no dia 24 de julho de 1928 (‘Dia da Polícia Rodoviária Federal’), com a denominação inicial de ‘Polícia de Estradas’. Em 1935, Antônio Félix Filho, o ‘Turquinho’, considerado o primeiro patrulheiro rodoviário federal, foi chamado para organizar a vigilância das rodovias Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União Indústria. Sua missão era percorrer e fiscalizar as três rodovias utilizando duas motocicletas Harley Davidson e, nessa empreitada, contava com a ajuda de cerca de 450 vigias da então Comissão de Estradas de Rodagem (CER).
Em 23 de julho de 1935 (‘Dia do Policial Rodoviário Federal), foi criado o primeiro quadro de policiais da hoje PRF, denominados, à época, de ‘inspetores de tráfego’. No ano de 1945, já com a denominação de Polícia Rodoviária Federal, a corporação foi vinculada ao extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER).
A PRF, assim como outras polícias, também é dotada de unidades de policiamento especializadas, como o Núcleo de Operações Especiais (NOE), cujos integrantes recebem treinamento especializado para atuar em ações específicas – como em Operações de Controle de Distúrbios, Ações Táticas, Anti e Contra Bombas, Tiro de Precisão, ações em área de caatinga etc.
As Equipes de Patrulha (RONDA) contam com Policiais altamente qualificados para as mais diversas situações encontradas nas rodovias federais, sendo que muitos desses agentes possuem especializações do mesmo nível dos que trabalham nos Núcleos de Operações Especiais (NOE).
Linha do Tempo
PRF completa 90 anos protegendo vidas!
Nesta terça-feira, dia 24, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) completa 90 anos atuando em mais de 70 mil quilômetros de rodovias federais e mantém acesa a chama do ideal de uma instituição que tem no seu DNA a vocação de preservar vidas. Atua nas mais diversas frentes que vão desde a fiscalização de trânsito ao combate a crimes ambientais, perpassando pela excelência na apreensão de drogas, armas e munições.
No dia 24 de julho de 1928 o presidente da República, Washinton Luiz, não imaginava que estava criando uma instituição que marcaria a história do Brasil. Uns poucos homens patrulhavam em suas reluzentes motocicletas Harley-Davidson a rodovia que ligava a cidade do Rio de Janeiro, à época capital do país, à Petrópolis. Pouco tempo depois, outras duas vias também ficaram sob a responsabilidade desses pioneiros. E foi nesse longínquo ano que nasceu a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Uma cerimônia realizada no último dia 3 de julho marcou o início das comemorações dos 90 anos da PRF. A Polícia Rodoviária Federal foi homenageada em Sessão Solene no plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
1928
A Polícia Rodoviária Federal foi criada pelo presidente Washington Luiz no dia 24 de julho de 1928, através do Decreto nº 18.323 – que definia as regras de trânsito à época, com a denominação inicial de “Polícia de Estradas
1935
Apresentado ao engenheiro Yeddo Fiúza, “Turquinho” recebeu a missão de zelar pela segurança das rodovias federais e foi nomeado Inspetor de Tráfego, com a missão inicial de, usando duas motocicletas Harley Davidson, percorrer e fiscalizar as ditas rodovias, contando com cerca de 450 “vigias” da Comissão de Estradas de Rodagem (CER), para esse fim
1939
Da época de sua criação, até meados de 1939, o Sistema Rodoviário incluía apenas as rodovias Rio Petrópolis, Rio – São Paulo, Rio – Bahia e União Indústria. Somente em 1943, no Paraná, foi criado um Núcleo da Polícia das Estradas, com o objetivo de exercer o policiamento de trânsito em rodovias em construção naquele Estado. Daí em diante, foi-se ampliando a área de atuação da Polícia Rodoviária Federal até os dias de hoje, quando a malha rodoviária federal fiscalizada chega a mais de 70 mil quilômetros de rodovias e estradas, de Norte a Sul do Brasil
1947
Após a segunda guerra mundial, mais precisamente no mês de setembro do ano de 1947, o Brasil recebeu a visita presidente dos Estados Unidos da América, Henry Trumam. Para participar do encerramento da Conferência Interamericana da Paz, realizada na cidade de Petrópolis/RJ. Para a realização da escolta e segurança de tão ilustre autoridade, foi confiada à Polícia das Estradas, ou seja, à Polícia Rodoviária Federal, esta importante missão. Para tal foram adquiridas dez motocicletas Harley-Davidson. Assim, no dia 05 de setembro de 1947, realizou-se a primeira “escolta” da PRF
1978
Em 1978, cinquenta anos após sua fundação, a PRF recebeu as primeiras policiais em seus quadros. No concurso realizado naquele ano, com vagas distribuídas para todo Brasil, cinco mulheres foram aprovadas
1988
Com o advento da Constituição de 1988, a Polícia Rodoviária Federal foi institucionalizada e integrada ao Sistema Nacional de Segurança Pública
1990
Através da Lei nº 8.028, de 12 de abril de 1990, e do Decreto nº 11, de 18/01/91, a Polícia Rodoviária Federal passou a integrar a estrutura organizacional do Ministério da Justiça, como Departamento de Polícia Rodoviária Federal, tendo sua estrutura e competência definida no art. 23 do supracitado Decreto e no Regimento Interno, aprovado pela Portaria Ministerial nº 237, de 19/03/91
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Memórias Policiais
ORLANDO RIPPEL – 81 ANOS, 28 DE PRF (TURMA DE 1962)
FERNANDO ANGOTTI – 72 ANOS, 30 DE PRF (TURMA DE 1975).
ERALDO FRANCISCO DOS SANTOS – 70 ANOS, 38 DE PRF – TURMA DE 1974.
ADILSON ALBERTO PEREIRA DE CARVALHO – 80 ANOS, 27 DE PRF (TURMA DE 1965)
ANTONIO MAGNO DO NASCIMENTO MORAES – 70 ANOS, 44 DE PRF – TURMA DE 1974.
JORGE PEREIRA DA SILVA – 69 ANOS, 44 DE PRF – TURMA DE 1974
PAULO DIAS DE SOUZA – 71 ANOS, 39 DE PRF – TURMA DE 1971
HÉLIO DIAS DE SOUZA – Turma 1975
PAULO BURGER – 69 ANOS, 30 DE PRF (TURMA DE 1970)
CARLOS DARLAN VIEIRA COELHO – 67 ANOS, 35 DE PRF – TURMA DE 1974
MIGUEL LUIS FONTANA – 67 ANOS, 44 DE PRF – TURMA DE 1974.
O inspetor Fontana marca sua presença na Polícia Rodoviária Federal (PRF), na formação de tiro. Ao ingressar, nessa área, o treinamento consistia no disparo de cinco tiros. Inspirado no pai, que era caçador e atirava muito bem, desde os três anos de idade lidava com armas e tinha conhecimento a respeito. O curso de aprimoramento de tiro feito à época do ingresso na PRF, o levou a lutar por uma formação mais completa, para que os colegas tivessem mais segurança no exercício da função. A Fontana, juntaram-se mais dois colegas: Failde e Coelho. Conseguiram, junto a superintendência, uma verba para melhorar a formação. O que caracterizava a geração que ingressou no ano de 1974 foi enxergar a corporação de forma diferente, Devido à subordinação ao Departamento de Estradas de Rodagem (DNER), os PRF’s eram guardas de estrada; para fazer jus ao título de policiais, faltava postura e formação. Por isso, os anos de Fontana na corporação foi marcado por lutas, protestos e mudanças. “ A minha base é o tiro (…). O que marcou mais é o querer que nossos policiais, nossos colegas tivessem uma base maior [na formação de tiro]. ” Com respeito e consideração, recorda a atuação do colega Failde. Fontana o sinaliza como pioneiro desses movimentos. Na escola de instrução de tiro, iniciou como auxiliar de Failde, e teve a oportunidade de ministrar as aulas ao substituí-lo. Já aposentado, Failde foi chamado em Brasília para fazer o curso da Glock1, por tamanho prestígio conquistado com o pioneirismo de treinamento de tiro. A base de instrução de tiro foi instalada na rodovia Rio-Santos, numa época em que, recorda Fontana, o patrulheiro não tinha posto: só o carro para abrigar do tempo e dormir, dois patrulheiros por turno. Fontana sinaliza que as apreensões feitas nas estradas eram entregues à Polícia Federal (PF). Quando noticiadas, essas apreensões entravam na “conta” da PF, ou seja, figurava como se esta corporação tivesse feito a autuação. Fontana lembra da existência de um documento chamado “12.7”. Relata uma colisão frontal envolvendo um Fusca e um Toyota Bandeirante na altura de Itaguaí, no qual um dos motoristas sofreu traumatismo craniano, no ano de 1975. O patrulheiro encontrou uma soma em dinheiro (na moeda da época, 40 mil cruzeiros) dentro de um dos carros. Para a comprovação de entrega de material (qualquer material) na delegacia, o “12.7” era preenchido em duas vias. Fontana anotou, cédula por cédula, e se dirigiu para a entregar o material. Ao chegar na delegacia, o escrivão se assustou com a singularidade do “material”. O pai da vítima do acidente era comandante do quartel dos bombeiros do Campo de Santana, região centro do Rio de Janeiro. Passados alguns dias, Fontana estava de serviço em Itaguaí, quando parou um carro e o chamou: era o comandante e o filho. Vinham agradecer e, o elogio feito a Fontana à PRF, ele guarda até hoje.