Skip to content Skip to footer

“Proteger o policial é proteger a polícia. Proteger a polícia é proteger o policial”

Quando assumiu a presidência do SINPRF-RJ, o veterano PRF José Roberto Gonçalves de Lima Neto já tinha, em andamento, as ações sobre a reestruturação da carreira. Junto à pauta da reestruturação, havia no cenário político-social do país uma inflação galopante, defasagem salarial e uma categoria muito desmotivada. Era um grande desafio!

Mas desafio nunca foi problema ou empecilho no seu histórico profissional. E, para aqueles que ainda não o conhecem, vamos contar um pouco desta trajetória.

Muitos não sabem, mas esta não é a primeira vez que o presidente De Lima tem contato com o meio sindical. No início de sua vida profissional, ele trabalhou na Petrobras. Lá teve sua primeira experiência com o mundo sindical, onde era muito atuante na representação da categoria.

Em 2002 fez o concurso da PRF, tomando posse em 2003. Logo no início, fez parte do Núcleo de Operações Especiais (NOE), no Rio de Janeiro, onde moldou sua carreira e criou grandes amigos.

Algum tempo depois, o primeiro convite para fazer parte da administração veio do então superintendente, Vital. A partir daí, ocupou diversas funções na PRF: chefe do NOE, chefe de delegacia, superintendente, diretor-executivo (DIREX), entre outras.

“Mas meu viés sempre foi sindical”, fez questão de destacar.

Quando questionado como chegou até o SINPRFRJ, De Lima conta que foi procurado por dois colegas para montar uma chapa – que mais tarde veio chamar Transparência. O presidente, neste momento, destacou a dificuldade para compor os integrantes. A falta de remuneração para a função sindical é um ponto negativo no sistema.

“Mesmo diante da grande dedicação de todos, esbarramos na necessidade de muitos em optar pelo IFR na folga, dificultando uma maior presença no pleito sindical”, destacou o presidente.

Este ponto, inclusive, é uma das metas que o presidente pretende sanar e deixar de legado para a próxima administração: a remuneração sindical dos colaboradores.

“A Chapa Transparência foi criada a partir de pessoas que, assim como eu, já tiveram experiência em gestão no passado. A intenção é dar a maior transparência possível dos nossos feitos para os colegas. A diretoria é apaziguadora e, neste primeiro momento, temos resolvido alguns problemas apresentados pela gestão anterior”, afirmou De Lima.

Sobre a forma transparente de atuação da diretoria executiva, o presidente ressalta o trabalho conjunto com o Conselho Fiscal. Tudo é feito ou decidido em comum acordo com o conselho, facilitando a administração do SINPRFRJ e dando fluidez as contas.

De Lima destacou a importância da participação da categoria e disse estar empenhado em aumentar os números dos associados presentes nas assembleias, por exemplo. Embora as assembleias tenham lotado, chegando a levar quase 200 associados, o presidente reconhece que este número não é a média ‘oficial’ de presença.

Atualizar e modernizar as assembleias, colocando on-line, para que haja uma participação ainda maior da categoria está entre suas metas. O presidente pretende – também – aumentar o número de convênios para os associados.

Neste ponto, por exemplo, De Lima citou uma importante demanda que é em relação ao plano de saúde. Está entre os objetivos da diretoria executiva a aquisição de um novo modelo de plano de saúde que atenda plenamente aos associados, tanto da ativa quanto os veteranos.

“Mas nossa prioridade principal é buscar melhorias salariais e de valores agregados. Além de resolver a questão do auxílio-transporte”, pontuou o presidente do SINPRFRJ.

Em relação às metas na sede sindical, De Lima foi bem claro ao afirmar que pretende organizar administrativamente o sindicato. Um exemplo é a mudança dos advogados para PJ – Pessoa Jurídica. Conforme exposto na última assembleia e votado pela categoria, os advogados Luiz Gustavo Faria e Eduardo Belfort continuarão a serviço do SINPRFRJ, mas sob nova relação de trabalho.

O presidente também destacou que todos os pagamentos e afins estão concentrados na Diretoria Financeira (a não ser que ela esteja impossibilitada, ou em caso de urgência), tirando da presidência qualquer relação com dinheiro.

Outro ponto é a contratação de serviços e pessoas. De Lima afirmou que somente será contratado quem não tem vínculo com a diretoria.

“Trabalhamos com excelentes prestadores de serviço, mas a impessoalidade tem que ser mantida”, completou o presidente.

Falando mais um pouco sobre sua trajetória profissional como PRF, De Lima foi superintendente no Rio de Janeiro durante o período de grandes eventos: Copa do Mundo e Olimpíadas.

O orçamento das Olimpíadas, por exemplo, custou R$ 100 milhões e foi aprovado pelo TCU – Tribunal de Contas da União. O então superintendente ressalta que suas contas foram todas aprovadas pelo tribunal. De acordo com o TCU, outros órgãos deveriam repetir o modelo de gestão administrativa e financeira da PRF durante os jogos olímpicos.

E este foi o principal motivo para ser convidado para a função de presidente na atual diretoria-executiva.